POV Jéssica.
Faz tempo que pensava em tornar-me independente. Queria deixar o meu pai sozinho com a sua nova mulher e queria ter a minha própria vida, então decidi inscrever-me na faculdade e começar uma vida nova lá.
Consegui arranjar um emprego a meio termo, em casa de uma das famílias mais antiga da cidade, e iria arrumar a casa, fazer limpeza e as refeições. Como pagamento eles iriam pagar-me as propinas e dar-me alojamento.
Não pensei duas vezes e aceitei. Agora ia a caminho da faculdade para fazer a inscrição.
Parei á entrada, ajeitando o meu cabelo ruivo e ondulado. Aproveitei e tirei um espelho da mala para ver se estava mascarrada. 156Please respect copyright.PENANA1QDczGWfoZ
Tinha um pouco do lápis a mais por baixo dos meus olhos azuis e emendei-o.
Pus o espelho de novo na mala e olhei na direcção da faculdade. Respirando fundo.156Please respect copyright.PENANAUgjtycVsyJ
O momento que esperei tinha chegado no preciso momento que pisei o chão nesta cidade e á minha frente estava o meu futuro.
Sorri, dando alguma confiança a mim própria e entrei.
A escola era enorme e moderna, tentei procurar a secretaria sozinha acabando-me por me perder num corredor completamente sozinho.
Aguardei até que vi uma rapariga a passar por mim.
"Boa Tarde! Peço desculpa, sabes-me dizer onde é a secretaria? É que eu sou nova aqui e não sei onde ficam as coisas... Podes-me indicar o caminho?" perguntei eu.
Ela sorriu.
"Olá, claro que sim. Eu sou a Melissa, aluna do segundo ano, prazer." Sorri ela.
"Prazer, sou a Jéssica."
"Bem, a secretaria fica já ao fundo do corredor. Viras á esquerda e é a última porta, se quiseres eu levo-te lá."
Eu agradeci, desejando que as pessoas todas fossem assim, como ela, simpáticas.
"Então estás em que curso?"
"Teatro e tu?"
"Ciências." Disse ela, sempre a sorrir.
Parou em frente á secretaria e virou-se para mim.
"Então e já arranjaste quarto? Tenho uma cama livre e estou á procura de colega de quarto. Estás interessada? " Perguntou ela, entusiasmada.
"Desculpa... Já arranjei... Como vou trabalhar em casa de uma família da cidade, eles oferecem-me alojamento..." disse eu, sorrindo.
"Não há mal! Então e vais trabalhar para que família?"
"Jackson, Família Jackson, uma das famílias mais antigas da cidade, acho eu." Disse eu com um sorriso.
Mas a minha expressão mudou quando vi a cara dela assustada, embora tentasse disfarçar.
"Qual é o problema?" Perguntei eu.
"Nada, Jéssica... Bem eu tenho que ir... Tenho que ir fazer umas coisas... A gente vê-se por ai. Fica bem!" Disse ela, afastando-se com um sorriso forçado.
(Bem aquilo tinha sido realmente esquisito...) tentei esquecer esse pensamento e entrei na secretaria, que estava a abarrotar de gente, devia despachar-me daqui a uma hora ou duas, o que vale é que eu ainda posso chamar um táxi para me levar até á casa onde iria trabalhar.
No fim de sair da secretaria, fumei um cigarro enquanto esperava. Passado dez minutos o táxi veio e já se fazia de noite.
Passado uns minutos, ele parou em frente a uma mansão onde, em letras grandes, por cima do portão, tinha o nome "Família Jackson." De certeza que não estava enganada. Eu paguei ao condutor e olhei para as paredes, não havia campainhas visíveis, por isso entrei pelo portão aberto, atravessando um longo jardim até a porta.
Notei barulhos estranhos vindo dos arbustos e, mesmo estado um pouco alerta, fui em frente, tentando não ligar.
Cheguei á porta e não havia campainha, mais uma vez, (mas esta família não recebe visitas?)
"Que estranho..."
Só havia uma maçaneta. Bati mas ninguém respondeu.
Tentei uma e duas, mas ninguém me abria a porta. Tentei a terceira e esperei um segundo, quando ia ligar para o homem que me tinha contratado a porta abriu-se.
Eu olhei para cima e fiquei boquiaberta. O rapaz que estava á minha frente era uma brasa, loiro, cabelo médio, chegando-lhe as sobrancelha. De olhos cor de verdes e musculado. Olhava para mim de forma sedutora, encostado com o cotovelo á porta sem dizer uma única palavra.
Eu limpei a garganta e falei:
"Boa noite. Recebi o contacto do senhor Sandrez Jackson para começar a trabalhar hoje."
"Eu tentei tocar á campainha mas não a achei." Disse eu.
Ele continua especado a olhar para mim, com aquele olhar sedutor, penetrante, sem dizer uma única palavra e sem mexer um centímetro do seu corpo.
"Ele está? Faltava falar de alguns pormenores, por isso ele me mandou vir hoje." Disse eu, tentando arrancar dele algo.
Ele continuava a olhar para mim daquela maneira. Eu comecei a enervar-me com a sua atitude e iria exigir que ele me respondesse mas ele foi mais rápido.
"Tu falas muito..." dando-me com um sorriso provocador, estudando-me.
Eu mantive a calma e respirei fundo.
"E nervosinha também." Disse ele, rindo-se.
"O senhor Sandrez está?" Perguntei eu, calmamente.
Ele podia ser lindo mas tinha uma atitude de merda... Ele desencostou-se da porta e virou-me costas, deixando a porta aberta. Eu supus que fosse um convite para entrar, por isso dei dois passos para dentro da mansão. Observei as escadas largas em frente da entrada e todos os detalhes luxuosos da sua casa.
(Realmente eles tinham dinheiro para poder ter tudo o que queriam.)
"Tá ali uma coisa pequena á procura do pai." Disse o rapaz de longe.
(Mas quem é que ele pensa que é?! Coisa pequena?!) Tentei manter a calma e esperei.
Um rapaz mais velho apareceu por uma das portas. Ele tinha cabelo preto e era pálido. Era musculado e de olhos azuis. Ele veio até á entrada e curvou-se, cumprimentando-me. Eu tentei sorrir, ainda chateada.
"Peço desculpas pelo meu irmão... Ele não lida bem com estranhos, sou o Diego e ele é o Jensen. O meu pai não estará presente por um tempo, por isso deixou-me encarregue de a acomodar e lhe dar indicações. Pergunto se podemos perder as formalidades e tratar-nos por tu?" eu acenei que sim e ele continuou.
"Bem, como sabes foste contratada para tomar conta da casa, tens direito a um dia e uma noite de folga á tua escolha."
"Sim, se não te importares, poderei ficar com sábado á noite e o outro dia, poderá ser um qualquer."
"Óptimo, pode ser ao domingo, para ficar seguido. Vamos mostra-te o teu quarto e o resto da casa?" Eu acenei e ele prosseguiu.
Seguimos para a cozinha. Era espaçosa e tinha muitos electrodomésticos, tinha uma ilha e era moderna, digamos que é uma cozinha de sonho.156Please respect copyright.PENANA78IOXMEFwW
Apareceu uma rapariga que parecia ser da minha idade e eu cumprimentei-a educadamente.
Era morena e tinha olhos avelã. Parecidíssima e linda como os irmãos.
"Esta é a Erica, a minha única irmã, ela é meio esquiva e fecha-se no quarto, é normal que ouças piano, já que ela passa o dia a tocá-lo. Mas é boa rapariga."
Ela fez uma careta ao irmão e aproximou-se de mim, cumprimentando-me um dois beijos na cara. Sorriu e com uma voz fina disse:
"Olá, deves ser a Jéssica. Bem-vinda!" Disse ela, mordendo uma maça, piscou-me o olho e foi embora, antes que pudesse agradecer.
Do outro lado da casa estava a sala, grande e acolhedora e tinha um grande LCD, óptimo para ver as minhas séries.
Ele encaminhou-me para o andar de cima e indicou-me os quartos.
"Estes três quartos são os dos meus irmãos e o meu, cada um tem uma casa de banho própria, tens tempo para os conheceres amanha e o teu é deste lado." Disse ele, abrindo a porta.
O quarto era enorme e tinha um closet que dava para meter o dobro das minhas roupas. A cama era King Size e tinha uma casa de banho privada.
"Fica á vontade. Se quiseres arruma as tuas coisas e ás oito desce para comeres o jantar. Não te preocupes que já está a ser feito." E acenei que sim e ele fechou a porta atrás de mim.
Arrumei os meus livros e a minha pouca roupa, que ele carregou para cima e fui lavar-me refrescar. Quando eu sai da casa de banho o Jensen estava parado á porta com os braços cruzados.
"Desejas algo?" Perguntei eu.
Ele entrou, sem pedir permissão e chegando-se demasiado perto de mim.
"Sim, olhar para ti está a dar-me fome. Estou com vontade em te morder o pescoço." Disse ele, olhando para mim, sedutoramente.
(Mas que raio?) Pensei eu, de boca aberta.
Ele avançou para mim e eu retrocedi, olhei para ele e vi que os seus olhos estavam vermelhos! (Como é que isto era possível?! Será que ele está a usar lentes de contacto?)
Ele encosta-me á parede, não deixando escapatória e meteu a mão dele no meu queixo, forçando o rosto para cima, virou-me a cara para o lado e reparei que a mão dele estava encostada á parede, impedindo que eu fugisse.
Ele baixou a cabeça e cheirou-me o pescoço, nesse momento reparei que ele, além de alto, tinha bastante força.
Eu tentei afastá-lo com a mão mas ele agarrou-me no pulso elevou-o contra a parede. Eu fechei os olhos, esperando aquilo acabar, sentindo a respiração dele no meu pescoço. Arrepiei-me quando ele passou a mão nas minhas costas, dentro da camisola, pousando a mão na anca.
Não sei o porquê mas não fiz nada, pelo contrário todos os músculos da minha barriga se remexeram e o meu corpo deixou-se cair, como se me rendesse.
Ele despertava um desejo esquisito em mim. Sentia-me atraída por ele, mesmo sabendo que ele era um otário e mesmo temendo-o.
Estava tão confusa pelo que o meu corpo estava a sentir, ele fazia-me ceder só com um toque, o meu corpo estremecia só pelo facto de o sentir junto a mim.
A mão dele a voltou para o meu pescoço e a minha espinha arrepiou-se toda. Não sabia como lhe negar o toque, por muito que quisesse não conseguia e o pior de tudo é que, além de estar á sua mercê, eu deixava-me consumir por um desejo que nunca sentira por ninguém! Sabia que estava a brincar com o fogo, mas não o afastei naquele momento, o meu corpo queria-o.
Cerrei mais os olhos, tentando voltar a mim, já que esse não era o tipo de comportamento que teria, eu não me reconhecia, parecia hipnotizada.
(Eu não faço este tipo de coisas! Eu não me deixo seduzir por qualquer um! Sei que ele só está a brincar comigo.) O meu corpo pedia, por favor, para que ele não parasse, não percebia como ele conseguia fazer algo assim em mim, fazendo-me perder o controlo.
A minha respiração estava descontrolada e o meu coração estava a uma velocidade extraordinária.
"Podes abrir os olhos, eu não te vou comer." Disse ele.
Abri e ele olhava para mim, com um sorriso malévolo. 156Please respect copyright.PENANAfbUwLVRAuq
Ele aproximou a sua cara da minha, devagar, com um olhar intenso, sorrindo sedutoramente.
Ouviu-se um barulho de galhos lá fora e o Jensen olhou para a janela.156Please respect copyright.PENANAiIYrnbKyhK
Nesse momento foi como se caísse em mim, como se tivesse sob hipnose e desviei o olhar. Ele estava sobre mim e a minha respiração aumentou ainda mais. Comecei a ter dificuldades em respirar e o Jensen olhou-me surpreso, sem saber o que fazer.
"Larga-me!" Sussurrei eu, tentando empurrá-lo.
Ele olhava para mim, surpreendido.
"O que me fizeste?!" Perguntei eu, em choque, irritada e com medo, andando de um lado para o outro.
O Diego entra no quarto, olhando de forma ameaçadora para o irmão.
"O que fizeste tu?!" Pergunta ele, furioso. "Sai agora do quarto dela." Disse ele.
"Porquê? Quem te pôs no comando?" Perguntou o Jensen, desafiando-o.
"O pai, agora sair... Nós vamos conversar lá fora!" Disse ele para o Jensen, ele irritado e nada satisfeito sai. Ele dirige-se até mim e mete-me a mão no ombro.
"Calma, Jéssica, respira..."
"Eu tenho asma..." disse eu, não conseguindo respirar. A voz quase que não saia.
"Por isso mesmo. Respira fundo." Disse ele, não sei como mas senti-me mais calma, a presença dele me deixava mais calma e o meu coração já batia mais lentamente.
Ele passou a bomba que estava na cómoda e eu inalei até que a minha respiração voltou ao normal.
"Desculpa, ele tem problemas de controlo, eu vou falar com ele e ele nunca mais irá fazer isto, prometo..." disse eu, eu acreditei nele e sentei-me na cama.
"Vou trazer-te o comer aqui ok?" Eu acenei e ele saiu. Ouvi ele a discutir com o irmão mas não consegui perceber, ouvi passos a subir e a minha mão, inexplicavelmente, começou a tremer.
Eu agarrei nela, tentando controlá-la e ouvi a lâmpada do candeeiro a estalar, acendi a luz de cima e o Diego entrou no quarto.
"Está tudo bem?" ele trazia um tabuleiro com bacalhau com natas nele e um copo de sumo de laranja. Ele pousou em cima da cómoda.
"Sim, a lâmpada arrebentou." Disse eu, tentando desviar a minha cabeça para a estranha coincidência que acaba de acontecer.
"Eu vou buscar outra." Disse ele, com um sorriso pequeno, a primeira vez que lhe vi um sorriso.
Ele foi num instante ao quarto e trouxe outra lâmpada, apanhando os cacos da outra e pondo aquela no candeeiro.
"Tem uma boa noite e dorme bem." Disse ele, fechando a porta atrás dele. Comi rápido e deitei-me debaixo dos cobertores, tentando perceber o que me fez agir daquela maneira, deixando ele tomar as rédeas e depois lembrei-me dos seus olhos vermelhos.
Eu tinha que perceber o que raios se estava a passar e pensei que iria tentar falar com a Melissa, ela parecia saber de alguma coisa e ficou estranha quando lhe disse onde iria trabalhar, bem agora percebo um pouco, o Jensen é maluco! Algo nele é muito negro, mas mesmo assim ele me atrai... Eu tenho que me afastar dele o máximo que poder e vou começar por tentar dormir e não pensar nele.
Fim do POV da Jéssica.
De manha ela toma um banho e veste-se, descendo para fazer o pequeno-almoço, e quando ele aparece ela fica nervosa, quase que se esquecia que ele morava lá, ele continua a olhar para ela daquela maneira, provocadora, e antes de se ir embora ele chega-se ao pé dela, mesmo ao seu ouvido, o que a arrepia, e diz.
"Calma coisa pequena, eu não mordo." sorria, estudando-me. " Às vezes!" Embaraçada, resmunga quando ele lhe assoprar o pescoço, dando um pequeno gemido.
"Para que foi isso?!"
"Para que eu possa ver essa expressão." Diz ele, sorrindo e depois deita a língua de fora, fazendo ate barulho.
(Ele só pode ser retardado...) Pensa ela.
Ele vira costas e vai-se embora.
O dia passou devagar, tinha pouca coisa ainda para fazer e a casa estava vazia, sem ninguém a não ser ela. Durante esse tempo todo sentiu-se muito incomodada, relembrando o momento que ele lhe assopra para o pescoço. Fica vermelha e abana a cabeça. Tentando esquecer o quanto o Jensen a irrita.
Perto da noite chegam todos, á excepção do Jensen, que chega mais tarde, sorridente.
"Então, coisa pequena, como correu o dia?" diz ele, provocando-a.
"Bem, correu bem dado ao facto que não tive o desprazer da tua companhia." Diz ela irritada.
Ele chegasse perto dela e vira-a, para que ela deixe de limpar a cómoda e olhe para ela, puxando-lhe o queixo com a sua mão, enquanto se inclinava, com o braço apoiado na parede, encostando-a ao móvel.
"Um dia terás prazer em ficares só comigo." Disse ele, numa expressão provocadora.
Nesse momento somos interrompidos pela porta. Alguém batera nela e a Jéssica dirige-se a ela e abra-a.
Á sua frente está um homem, bonito, nos seus vinte e poucos anos, olhos verdes e, apesar do seu cabelo preto com madeixas vermelhas, ele parecido com o Jensen. Ele sorri e a Jéssica arrepia-se ao sentir a sua aura negra, andando uns centímetros para trás.
Ele segue pela porta e aproxima-se dele, pegando numa mecha do seu cabelo, sorrindo maliciosamente.
"Então, a nova empregada não me convida a entrar? Que desgraça..." disse ele, continuando com a mesma expressão.
O Jensen, interrompe-o, agarrando no pulso do homem, com força, fazendo-o ter uma expressão incomodada.
"Não tens que tocar nela com essas mãos imundas, Daryl." Disse ele, olhando ameaçadoramente para ele, a Jéssica estava surpresa por o ver assim.
O Daryl sacudiu a mão do Jensen do pulso e empurrou-o com uma força tão bruta que o fez rachar a parede, ele olhou de volta para ele, com os olhos vermelhos que ela tinha visto da outra vez. A Jéssica abriu a boca, aterrorizada, e o Jensen estava, com visíveis dores, tentando se por em pé.
O Daryl fez um gesto com a mão e o Jensen contorceu-se de dores, enquanto a Jéssica olhava petrificada para tudo.
(Onde me fui meter?) Pensou ela.
Então começou a ficar nervosa quando ele se dirigia a ela, ele também com os olhos vermelhos.
Ele agarrou-lhe no braço, com força o suficiente para que ela gritasse.
"Pára!" Gritou o Jensen, contorcendo-se ainda de dores.
Ela sentiu uma dor de cabeça tão grande que a fez rebaixar em frente a ele. Ela fervia e estava realmente irritada com tudo, com a dor, com o comportamento dele e com a impotência dela, todo o seu interior gritava e ela soltou uma onda de raiva, olhando para ele com ódio.
Dela saiu um vácuo de ar que lançou o Daryl até a outra ponta da sala, deixando ele de ter contanto metal com qualquer um dele, da sala, disparados, saem os familiares dele e agarram no Daryl.
"Eu disse para não voltares a por os pés aqui!" Disse o Diego.
Ele levanta-o e põe-no fora de casa, fechando a casa e o Jensen disse algumas palavras que a Jéssica não percebeu. Ela estava no chão, exausta e sem perceber o que tinha acontecido.
O Jensen levantou-se com a ajuda da Erica e olhou para mim, já com os seus olhos verdes. O resto da família olhou para ela, com um ar preocupado. E o Jensen foi o único que se aproximou dela. Afagou-lhe a cara com a mão, preocupado.
"Estás bem?" Perguntou ele.
Ela acenou a cara e retirou a mão dele da sua cara, tentando manter-se calma.
"Que raio se passou aqui? Como é que eu fiz aquilo?" Perguntei ela, em choque.
"Eu explico-lhe, podem ir." Disse o Jensen, sem tirar os olhos dela.
Passou por ela, subindo as escadas e dirigiu-se para o quarto dela, ela foi atrás, sem dizer uma única palavra. Ele sentou-se na cama e ela sentou-se junto.
Ele respirou fundo e virou-se para ela. 156Please respect copyright.PENANACFhozHMJ8L
"Bem, coisa pequena, desculpa te informar mas vens de uma linhagem de bruxas..." diz ele, calmo.156Please respect copyright.PENANAaG96Ctnce6
Ela de olhos esbulhados e de boca aberta fica a olhar para ele.
(Este gajo deve ser mesmo maluco da cabeça... eu, BRUXA?!) Pensou ela.156Please respect copyright.PENANAHarwejrmWp
"Estás a ter visões ou tomaste alguma coisa antes?" Disse ela, ainda de olhos bem aberto, incrédula.
Ele olha para ela e faz uma expressão de gozo, sem lhe responder.
"É que só podes!! Eu, uma bruxa?! Eu sei que o que aconteceu foi muito estranho, mas bruxas?! Isso são pessoas vigaristas..."
"O que tu achas que aconteceu?" Diz ele, encostando-se no espaldar da cama, muito relaxadamente.
"Não sei!!!"
"Então tens ai a tua resposta, és uma bruxa, coisa pequena." Disse ele, sorrindo de forma provocante.
"NÃO ME CHAMES ISSO!!!" Grita ela, ofegante, serrando os punhos.
"Calma, gata assanhada." Rindo-se.
Ela lança-lhe um olhar ameaçador, e ele de repente começa-se a rir.
"AH, AH, AH, AH"
Ela encara-o, amuada.
"Bem, acabando com a brincadeira, vamos falar de coisas sérias... Para seres uma bruxa, obviamente, alguém da família o é. Normalmente passa de geração para geração. Mas no teu caso era a tua mãe."
"Ah?! Como sabes isso?"
"Obviamente não aceitamos qualquer pessoa na nossa casa, logo contratamos um detective para investigar sobre ti." Diz ele, tirando um maço de tabaco do bolso da camisola e olha para ela, oferecendo-lhe um cigarro.
"Queres?"
Ela olha para ele, exasperada, tirando-lhe o cigarro da mão.
"Isqueiro?" Diz ele, com um sorriso maroto.
Ela tira-lhe o isqueiro da mão e acende o cigarro. Ele lança uma nuvem de fume e diz-lhe.
"Sabes que fumar mata?"
Ela engasga-se com o fumo.
"Coff, coff, coff." 156Please respect copyright.PENANAggxLlV9yP2
Tentando respirar, ela olha para ele e responde.
"Ah? Estás a gozar comigo, só pode! O que achas que estás a fazer?!"
"Oh, coisita, pouca coisa me pode matar..." disse ele, dando pequenas risadas.
Ela olha para ele e pensa que ele só pode estar a gozar com ela.
"Agora vais dizer-me que és imortal, um vampiro ou então um lobisomem?!" Diz ela, ironicamente.
"É que depois das histórias de bruxas só faltava isso..."
"Quase que acertavas..." disse ele, chegando-se para a frente de novo.
Fez-se silencio.
"Ah?"
"Yah, os lobisomens não existem. Estão extintos."
"Buah... ah, ah, ah, ah" rindo-se ela.
De repente, ele aproximasse dela furtivamente, olhando-a nos olhos e ela observa os seus olhos verdes a mudarem de cor para um vermelho Sanguíneo.
Ela assustasse e dá um salto para trás, sentindo um arrepio pela espinha.
"É preciso eu te morder para te provar?" Pergunta ele, abrindo a boca. Ela vê, incredulamente, os seus dentes a formarem-se em presas.
Ela dá um pequeno grito.
"Ahh!"
Sedutoramente, diz:
156Please respect copyright.PENANAGsHa1wstfc
"Não tenhas medo, eu não te como... Por agora."
Ela estremece. Ele apercebendo-se que a estava a assustar, levanta-se e afastasse, fazendo-a respirar de alívio.
"A única razão que te contratamos é que nós estamos em necessidade de uma nova bruxa. Está na altura de aprenderes umas coisas novas. Achas que estás apta para isso, coisita?"
"Então é mesmo verdade? Eu sou mesmo uma bruxa..."
"Ao que parece..." responde ele. "Só para te avisar os teus poderes podem-se descontrolar a qualquer momento. Pareces ser mais poderosa do que uma simples bruxa."
"O que posso fazer? Eu não quero magoar ninguém..."
"Oh, coisa pequena, é ai que eu entro. Estás com sorte, vais ter o professor mais sexy que já tiveste..." diz ele, com um sorriso sedutor.
(Diz antes convencido...) pensa ela, rindo-se.
"E o que é que um vampiro sabe de bruxismo?" Pergunta ela, ironicamente.
"Coisita, eu não sou só vampiro, tenho muitos outros dotes que desconheces. Mas não te preocupes, mais cedo ou mais tarde vais descobrir. Agora dorme que tens mesmo que descansar, perdeste muita energia com o Daryl."
"E quem é ele?"
Ele saindo pela porta fora responde-lhe:
"Amanha falamos. Agora dorme."
A porta fechasse, deixando-a especada a olhar para ela. Passado meia hora, ela sai do seu desvaneio e vai se deitar.
Ela sentia-se demasiado confusa mas com o seu consumo de energia acaba por adormecer.
Quando se levanta de manhã dirigiu-se a cozinha, para comer alguma coisa. O Jensen estava sentado e olhava para ela, calmo.
"Bom dia, coisita."
"Bom dia também para ti." Diz ela, mal humorada.
Quando ela acaba de preparar o pequeno-almoço senta-se á mesa.
"Então quem é o tal Daryl?"
"Bem, estou a ver que acordaste com os pés de fora da cama..." diz ele com um ar de gozo.
"Não enroles e conta logo..." disse ela, sem paciência.
"Ok, ok... Aquele era o nosso irmão, mas como seguiu um caminho diferente de nós tivemos que o afastar."
"Diferente como?" Perguntou ela, sem perceber.
"Nós alimentamo-nos de um banco de sangue, com quem nós temos um acordo. Ele bebe directamente das pessoas, por vezes até as mata."
Ela olhou para ele, chocada.
"Afastado?"
Ela estava a tentar absorver tudo aquilo.
"Sim, ele foi expulso da família á gerações, mas não podemos matá-lo. Ele lançou uma maldição em que tudo o que lhe acontecer, irá acontecer também a nós. É ai entras tu... Vais nos ajudar a quebrar esta maldição."
"Ok, estou a perceber... Por muito que me custe engolir isto tudo, eu estou a perceber..."
"Disseste que me ias ensinar a controlar estes poderes, mas como? Também tens poderes?"
"Não sou como os meus irmãos... Sou meio vampiro, meio bruxo... A minha mãe era bruxa... Mas eu e o Daryl não partilhamos o mesmo pai, enquanto os meus irmãos são filhos de um vampiro original, o nosso era um simples humano."
"Vocês são todos bruxos, é isso? São todos filhos de uma bruxa..." perguntou ela, curiosa.
"Não, só um dos filhos herda o bruxismo, Não é comum mas, como o Daryl é meu irmão gémeo, herdamos os mesmos poderes, mas ontem ele apanhou-me desprevenido."
"Ele devia estar distraído então... Eu, ontem, consegui atacá-lo."
"Não é bem assim... Tu és uma bruxa poderosa, embora o teu pai seja humano, puxaste o lado da tua mãe e á sua linhagem, que é a mais forte que conheci. Tens um poder maior do que eu imaginei, conseguiste derrotar num só golpe o Daryl... Mas tem cuidado porque aleijou a todos nós... Estamos conectados..." disse ele, serio, uma expressão dele que ela nunca tinha visto...
"Só te peço uma oportunidade, não te vás embora. Sei que os mitos sobre os vampiros são maus, mas nós não magoamos nenhum humano... Eu digo-te tudo o que quiseres saber."
"Mas se a vossa mãe é uma bruxa como é que vocês são também vampiros?" Perguntou Jéssica, sem entender.
"O nosso padrasto nos transformou quando formamos 25 anos. Deu-nos a escolher entre pertencer á família e partilhar o sangue vampiresco ou sair da mansão e deixar de ter contacto com ele... Nós escolhemos ficar." Disse ele, serio.
"Hmm... Ok, compreendi. Então, o que posso esperar dele, do Daryl?"
"Que ele tente prejudicar-te, mas eu irei sempre te defender... Ele não me apanha desprevenido outra vez. De qualquer maneira lancei uma protecção á casa e ao terreno contra ele, logo aqui não entrará."
"Ok, tudo bem... Eu fico... Por enquanto."
"Ok, hoje terás descanso, mas amanhã iremos começar a praticar, tenho os dois dias de folga do trabalho mas depois iremos treinar uma hora, ou assim, por dia. E desculpa, não poder ter feito mais..." disse ele, irritado.
Ela esbugalhou os olhos assustada ao pensar no que poderia acontecer ao estarem os dois sozinhos.
"Espera ai!! Amanha e depois estás em casa?! Sozinho comigo?!" Disse, irritada. Ele riu-se.
"Eu não te mordo, nem vou abusar tanto como da outra vez, relaxa. Mas sim, não pretendo sair amanha." Disse ele, olhando para ela, provocadoramente.
(E, pronto, o seu antigo eu voltou...) pensou ela.
"Não precisas de fazer nada cá em casa, era apenas uma desculpa para te manter por perto..." disse ele.
"Certo, mas amanha vou dar uma limpeza na sala, que é o que falta. A única coisa que não me agrada é ficar em casa sem fazer nada... As aulas só ocupam meio dia..."
"Eu trabalho num café depois das aulas e como sou gerente posso te lá por..." disse ele, sorrindo.
"Mesmo? Então aceito!" Disse ela, sorrindo.
Ele olhou desprevenido para ela, o seu sorriso apanhou-o desacautelado, reflectindo-o no seu olhar esbugalhado. Ele olhou para o chão, disfarçando e sorriu. Desviou o olhar para ela, de novo, e inclinou-se para ela, agarrando-lhe numa mecha de cabelo. Manteve o seu olhar fixo nela, de forma galanteadora.
"Ok, começas daqui a dois dias." E aproximou-se do seu ouvido.
"Eu não pretendo pegar leve..." disse ele, com um sorriso malandro.
Ela corou e ficou sem reacção por uns segundos, acabando por o empurrado, irritada.
"És mesmo um idiota." Disse ela, fazendo uma expressão de embaraço e irritação.
Ele sorriu e levantou-se, dirigindo-se á porta.156Please respect copyright.PENANAWhbHdxuFNd
Virou-se e chamou-a:
"Coisa pequena?"
Ela olhou e ele sorriu, mantendo os seus olhos nos dela. Ela esperou uns segundos, sem reacção dele, sem paciência.156Please respect copyright.PENANAR83fXucDPh
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Ele deitou a língua de fora, como fazem as crianças, fazendo até o som da língua a bater nos lábios e foi-se embora... Ela ficou sem palavras.
(Que retardado, cada vez mais acho isso...) pensou ela.
Ele fechou a porta e encostou-se á parede, apoiando-se com as costas.156Please respect copyright.PENANAuQcDw3L4rP
Levantou a cabeça para o tecto, sorrindo pacificamente, lembrando-se das expressões que Jéssica fez. 156Please respect copyright.PENANAuIiP23IsUA
Por fim, Afastou-se olhando para a porta do quarto dela e pouco depois andou para o dele, com as mãos no bolso.
De manha quando o Jensen se levantou, ela já estava a limpar o pó da sala. 156Please respect copyright.PENANAXobuQqmgfn
Ele sentou-se no sofá sem tirar os olhos dela, ignorando a televisão. Ela olhou para ele e respirou fundo.
"Bom dia para ti também." Disse ela.
"Bom dia, pequena." Disse ele, sorrindo.
"Bem, já passou de coisa pequena para pequena... já estamos a evoluir." Disse ela de forma irónica.
Ele sorriu e levantou-se, e chegou-se perto das suas costas, enquanto ela limpava a mesa de estar. Espreitou por cima e continuou a observa-la.
"Sim? Que queres?" Pergunta ela, dando um pequeno empurrão com o ombro no peito dele. 156Please respect copyright.PENANAFb53E52a9B
Ele sorriu, sedutoramente e assoprou-lhe para o pescoço, fazendo-a soltar um gemido tenebroso e arrepiando-se. 156Please respect copyright.PENANAVKRqJEe8P2
Ela vira-se para ele, enervada.
"Para com isso! Isso arrepia e faz-me impressão!"
Ele, que estava a conter o riso, explodiu em gargalhadas, ao ver a sua expressão vermelha e irritada.
"Muah ah, ah, ah"
Ela olhou-o mais vermelha do que já estava e olhou para o lado, irritada. Ele tentou parar de rir e puxou-lhe o queixo, fazendo-a encará-lo de frente.
"Fica tão fofa com essa expressão... " Disse ele, sorrindo ternamente, bastante próximo dela.
"O que estás para ia a dizer? Deixa de falar essas coisas!" Diz ela, afastando-o, agora mais vermelha que um tomate.
Afasta-se, tentando disfarçar, enquanto ele sorri, achando-lhe piada.
Ela nunca vira aquela expressão terna, nele. Aliás nunca esperava que ele agisse assim ou dissesse aquelas coisas e isso apanhou-a de surpresa, pensando nisso diversas vezes ao longo da manhã.
Ao meio dia, ela estava a acabar de fazer o almoço e ele chega á cozinha, sentando-se na mesa. Perseguiu-a com os olhos.
"Então pequena, o que gostas de fazer nos dias que não estas a limpar ou a cozinhar?" Disse ele, num ar de gozão.
"Hmm, vamos ver..." disse ela, pausando com um ar irónico.
"Gosto de estar longe de perseguidores como tu..." e dá um sorriso falso, olhando directamente para ele.
"Que pena, já que o que gosto mais de fazer é ser o teu perseguidor." Disse ele, aproximando-se dela, sorrindo de forma atractiva.
Ficou a poucos centímetros dela, parando e aproximando a sua cara da dela, ela cora e fica trémula, sem jeito, com o coração a bater a 80 a hora.
Ele olha para os seus lábios e deixa-a desconcertada, andando de encontro á bancada.
Ele sorri, sedutoramente, e começa a inclinar-se para os seus lábios, fazendo-a ficar mais nervosa, com o formigueiro na barriga.
Sentia o seu perfume junto dela, um perfume forte e doce que ela adorava. 156Please respect copyright.PENANAdRWjMaXCzf
Ele aproximasse repentinamente, do seu pescoço e sorri, ficando parado mas de repente assopra para ele, sentindo ela o ar quente, que saíra da sua boca.
Arrepiou-se de novo e deu um breve gemido, alto.
"Já sei o teu ponto fraco, pequena!" disse ele, no meio de risos e lágrimas de diversão. Ela cora e fica atrapalhada, tentando disfarçar o seu embaraço e, por fim, fica irritada com ele.
"Idiota! Alien!" disse ela, dando-lhe um encontrão, e faz com que ele se ria ainda mais.
"Alien?! AH, AH, AH! Ai, não posso!!! Porquê alien? Já a parte do pervertido percebo." Diz ele, desfazendo-se em gargalhadas.
Ela amua e ao se virar de costas faz um suspirar sonoro, ao qual o Jensen acha piada.
Ela, no fim de preparar o almoço foi sentar-se á mesa e ele sentou-se ao seu lado, olhando para ela, divertido.
"És um Alien porque tu és tão estranho que só podes ser de outro mundo... Só isso explicaria o teu comportamento..." disse ela, irritada.
Ele começou novamente a rir e ela irritou-se.
"Porque é que tens que estar aqui?! Mas eu nem a comer tenho descanso?!"
"Porque o meu hobbie é persegui-te e quero ver-te a comer!" Disse ele, sorrindo, para a provocar.
"Sabes que isso é um bocado creepy*, não sabes?" Perguntou ela, fazendo um expressão de desagrado.
Ele riu-se e apoiou o cotovelo na mesa, pousando o queixo na mão, sempre de olho nela.
*esquisito.
"Sim, sei. Visto que sou um alien, é normal!" disse ele, provocante.
"Bem, falando em coisas serias... Amanha levo-te a conhecer o sitio onde vais trabalhar, falei á pouco com o boss, é assim que eu trato o patrão, e ele aprovou. Estás três meses á experiência e, se correr bem, ficas lá."
"A serio?! Que bom!" Disse ela, feliz por ter esta oportunidade, mesmo que significasse que teria que trabalhar com ele.
Sorriu, alegre e corou quando viu o sorriso, sereno e feliz, do Jensen.
"Tens um sorriso lindo, pequena."
Ela corou mais, ficando completamente vermelha e desorientou-se.
Começando a ficar irritada e, como não o levou a serio, deu-lhe uma chapada no braço.
"Seu alien pervertido! Pára com essas coisas!" Disse ela exaltada.
Ele ficou entretido a ver a sua reacção, com um sorriso enorme, enquanto ela lhe esmurrava o peito. 156Please respect copyright.PENANAFP5aPf5Wov
Ele agarra um dos pulsos dela e ela pára, olhando para ele.
Ele passa a mão pelo seu cabelo, deslizando os dedos por alguns fios de cabelo dela, acabando por segurar numa mecha.
Ela sentiu que a intenção dele era diferente, sentia-o mais intenso e as suas veias começaram a pulsar forte, junto com o formigueiro que se tinha formado no estômago.
Ele aproximou-se da sua cara, com um sorriso e um olhar sedutor e sussurrou-lhe ao ouvido.
"Eu sei que tu, no fundo, queres que eu seja o teu alien pervertido e isso, mais tarde ou mais cedo, irás admitir e dizer que gostas de mim, pequena."
Afastasse, não dando tempo para ela responder e segue para a sala.
Ela espera uns minutos, pensando no que acabara de acontecer e vai para a sala, sentando-se no sofá em frente do dele.
Ele faz aquela pose natural dele, pousando o cotovelo num dos braços do sofá e olhando para ela, desviando a sua atenção da televisão.
A Jéssica tenta ignorá-lo, mas acaba por se irritar.
Olhou para ele e conteve-se um pouco ao ver o seu característico sorriso sereno, que a fazia tremer.
O que é certo é que sente-se mais calma quando o vê sorrir assim, sente-se a corar e aquela sensação na barriga volta para a atormentar. 156Please respect copyright.PENANAIMd5YEUUQ4
(Sem duvida essa era a faceta que eu mais gostava nele.) Pensa ela.156Please respect copyright.PENANAs24GzxkyUp
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Ele transparece serenidade e alegria quando está ao pé dela. Ela não consegue desviar o olhar quando ele mostra aquele sorriso simples e sincero que deixa escapar quando está com ela.
"Tu fazes de propósito, não fazes? Para me irritar?" pergunta ela, tentando ser suave.
"Não sei do que estás a falar." Diz ele, um pouco rosado, a primeira vez que ela o vira assim.
"Bem, nós á tarde iremos treinar. Por isso aproveita agora para descansar." Disse ele, desviando-se do assunto.
"Mas não era só amanhã?"
"Mudei de ideias! Bem, vou apanhar um pouco de sol. Até já."
Disse ele com aquele sorriso genuíno que a derretia.
Já que ele se foi embora para o jardim, aproveitou para ver a sua serie, vendo o episódio que estava a passar na televisão.
No fim, andou até a porta do jardim, espreitando para ver o que ele estava a fazer.
Viu-o deitado na espreguiçadeira, em tronco nu, apanhando banhos de sol.
Isso a fez corar um pouco.
"Eu não mordo, podes vir para aqui!" Disse ele, sorrindo, sem se mexer.
Ele apanhou-a desprevenida mas logo se lembrou que era normal ele saber que ela estava ali, visto que é vampiro.
Jéssica andou até ao seu lado e sentou-se na espreguiçadeira ao seu lado, admirando, sem dar nas vistas, o belo abdominal do Jensen.
"Gosto de estar aqui. É um dos lugares onde me sinto calmo. Todos os dias venho aqui, pelo menos uma hora..." disse ele, sorrindo, sereno e sincero.
Jéssica sentiu-se bem junto dele. O sorriso mostrava a outra faceta do Jensen.
"Disseste que este era um dos lugares. Qual é o outro?"
"Perto do lago. Um dia deste levo-te lá, sem maldade acredita." Disse ele, com um sorriso mais aberto.
Ela sorriu também.
"Está bem. Iremos lá um dia." Disse ela, feliz, olhando para o céu.
Ele olhou-a, esbugalhando os olhos, espantado por ela aceitar o convite.
Corou e desviou o olhar para ela não notar, virando a cara em direcção ao sol.
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